sábado, 20 de novembro de 2010

"Doçuras"


Sempre gostei de cozinha. Aliás, deixa eu me corrigir: sempre gostei de cozinhar! Sim, porque uma coisa é gostar de lavar prato (que eu odeio!), secar (odeio mais ainda!) e outra coisa é gostar de brincar de ser chef de cozinha.



Desde os meus catorze anos de idade “brinco” disso. Fiz vários cursos, já saí comprando todos os materiais, comprando apostila...tudo para tentar ser expert em algo “de comer”! rs Mas tinha que ser especialista em alguma coisa, então decidi me especializar em doces e bolos.



Com os doces, me dei bem na faculdade, quando vendia para comprar as imensas cópias que os professores passavam pra gente. Lembro que havia até encomenda quando chegava: “Mariela,guarda dois casadinhos pra mim...tem daquele com pé de moleque?...aquele diferente...palha italiana, tem hoje??” Enfim: sucesso total!



Também era eu a doceira de quase todos os aniversários de criança do prédio. Aí eu não lucrava não, porque fazia por amor à pequenas figuras, como Clarissa e Cecília! Mimos da “tia Lela”, como gostavam de me chamar.



No meu estágio também mostrei meus dotes culinários. Como a única mulher do departamento, era eu quem fazia os bolos de aniversário dos colegas. Acho que Ricardo e Davidson devem se lembrar disso! O pessoal fazia a velha “vaquinha”, comprava o material e eu preparava os quitutes!



Um belo dia eis que chega outra mulher para me fazer companhia como estagiária. Karina, que como eu estava fazendo de tudo um pouco pra juntar dinheiro, teve logo uma ideia ao saber que eu fazia arte na cozinha. “Mari, a gente faz os doces e sai oferecendo nos locais de trabalho que a gente conhece!”



O nome da “empresa” foi responsabilidade do colega Ricardo, que achou que a gente devia ter uma identificação pro negócio ficar mais sério: “Doçuras”! Lembro que até fardinha a gente fez. Karina pegava na casa dela os ingredientes que tinha, eu atacava a dispensa de dona Lu e saía de tudo um pouco: casadinho, brigadeiro, sanduiche natural, bolo de chocolate...



O nosso transporte era a Belina do pai de Karina! O combustível também! E como era bom não ter que prestar contas de tudo isso depois! Ficávamos só com o lucro, que dava pra fazer umas gracinhas.



Assim fomos levando a Doçuras até quando cansamos de ter que andar de prédio em prédio e quando os nossos pais cansaram de bancar os custos da nossa empresa, sem levarem nada de lucro!

sábado, 6 de novembro de 2010

“Aqui quem fala é Mariela Souza”



O meu encontro com o rádio foi bastante inusitado. Eu cursava Comunicação Social quando resolvi procurar um estágio para começar a conhecer a realidade da profissão. Encontrei um espaço na Rádio Nacional de Itabuna, onde conheci grandes e inesquecíveis figuras. O meu primeiro contato foi com Cacá Ferreira, radialista experiente, que me “batizou”!


O tal batismo foi de repente: certo dia, estava eu fazendo umas pesquisas, quando Cacá me colocou no ar: “Quem está aqui ao meu lado é a nossa estagiária Mariela...” (pausa) Cacá fecha o microfone e me pergunta: “Mariela de quê mesmo?” E eu: “Bom, é Mariela Nunes Souza...” Cacá abre o microfone novamente: “ A nossa estagiária Mariela Souza! Diga aí, Mariela, as notícias do dia...!”


Pronto. Agora eu era a Mariela Souza! Daí em diante, carreguei minha marca pessoal e profissional! Lembro de quando Daniel Thame me descobriu na Rádio através do Cacá e me convidou para fazer o programa de rádio da prefeitura. Eu e o querido Ramon Amaral nos encontrávamos todas as quartas-feiras no estúdio para gravar o programa, sob o olhar técnico de Rian Girotto.


E o programa então começava:


“Olá, aqui quem fala é Mariela Souza!


E aqui quem fala é Ramon Amaral!


No ar o programa Nossa Cidade.”


Nascia a Mariela locutora...uma das habilidades entre tantas outras que dizem por ai que eu possuo..rs