terça-feira, 26 de outubro de 2010

Simplesmente...minha amiga!






De repente você se dá conta que encontrou alguém que também ama comer Mc Donal´ds em dia normal...e que não se culpa por isso;



E que esse alguém também sempre acha que está acima do peso e que o cabelo poderia estar melhor se fizesse mais algumas mechas loiras;



E que esse alguém é tão desastrado quanto você, mas só quando está com você!



E que já viveu grandes histórias como você, com quem adora compartilhar e dar risadas de todas elas;



Que esse alguém já chorou muito, já quis muito algo que não pôde, já sonhou demais e já conseguiu realizar muitos sonhos também;



Descobriu que todos acham que vocês são irmãs, mesmo não parecendo tão fisicamente! E que vocês fazem questão de realmente dizer que são!



E você percebe a mãe perfeita que ela é e quer ser igual em suas atitudes maternas;



E descobre que sempre, aonde quer que se encontrem sempre irão se cumprimentar assim: “Amiga linda do meu coração!”



E percebe a importância desse alguém que te mostrou um caminho tão bonito...



Um caminho que rendeu a ela uma estrela em sua coroa e a você, um cantinho mais perto de Deus!



E então, agora não mais que de repente, você descobre que realmente ela é uma das pessoas mais importantes da sua vida...



Porque é simplesmente sua amiga...



Porque ela é Cláudia e eu sou Mariela, e nos amamos assim!



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amo o PT. E ponto.



Sim. Eu acredito na estrela vermelha, no número 13 que enfeita a bandeira, no sorriso sincero do operário que virou presidente.


Eu acredito que o melhor para o Brasil é a ideologia que aprendi em casa, na sala de televisão, ouvindo o meu pai contar suas histórias.


A política interesseira, o nepotismo escancarado, as incríveis e mirabolantes falcatruas deste meio continuarão a existir.


Mas continuo firme no que acredito. E torcendo para que o PT consiga acertar mais do que errar. E muito mais importante que isso: conserte quando errar, porque isso sim é correto.


Quando o coração acredita fortemente em algo, nada nem boato algum podem fazer com que ele deixe de acreditar. E assim é com o PT. Assim é com o meu coração brasileiro, que é verde, amarelo, azul e vermelho.


Por isso entre os meus amores está o PT.


Como esperei pra ver o Lula presidente. Ele conseguiu e provou que realmente sabia o que estava fazendo e, “nunca antes na história desse país”, se viu um Brasil tão independente como agora.


O Brasil do João, que agora tem luz e água na sua propriedade ou da Maria que vibra com o filho estudante de Medicina. São essas vitórias que nunca serão esquecidas.


Podem me criticar ou acharem “meu amor infantil”. Quem ama, não ouve conselhos de quem se acha detentor da verdade, nem segue orientações de quem nunca amou.


Amo o PT, o 13, o Lula. Amo o Brasil.


E ponto.


sábado, 16 de outubro de 2010

Agora sou mãe



Então compreendo tudo que todas as mães já disseram pra mim: “ser mãe realmente é padecer no paraíso”. Descobri que o que mais importa não é saber se seu filho vai ser menino ou menina, mas sim se será saudável e perfeito. Descobri além, que ser saudável e perfeito não é mais importante do que ser amado.


De repente os nove meses nunca passam, e, de repente, chega o nono mês, ou o oitavo, como no meu caso. Em que vivi momentos de angústia durante vinte e dois dias, mas que finalmente tudo passou, e tudo deu certo. Brinco que pari duas vezes: a primeira quando realmente dei a luz e a segunda, quando saí com minha filha nos braços após aqueles difíceis dias de hospital.


Aprendi que ter uma mãe quando se é mãe, é uma das coisas mais importantes da vida. Porque naquele momento ainda sem jeito, em que acalentar seu filho não adianta para fazê-lo parar de chorar, o “anjo avó” vai saber como acalmá-lo e acalma-la também.


Não existe coisa mais linda do mundo do que ver seu bebê dormindo. É uma cena divina, onde se percebe o quanto Deus foi generoso com você e o quanto aquele pequeno ser precisa de seus cuidados. O amor é o ingrediente pra isso. Apenas o amor, porque assim o cuidar se torna simples e fácil.


Tem dias em que se torna impossível dormir. Mamadas, troca de fraldas, choro sem razão. Quer dizer, sem razão pra você, mãe de primeira viagem. E então percebi que não adianta ter besteira: você acaba dando o chazinho ainda no primeiro mês, a fórmula infantil pra ajudar a sustentar o pequeno, pois, segundo os mais velhos, o seu leite não é capaz de sustentar.


E vêm as descobertas: o bebê gritou, sorriu, agora faz vários sons com a boca, e agora dá muitas gargalhadas, e já segura o bico sozinho, segue você com olhar e faz o biquinho mais lindo e especial do mundo quando quer te convencer a pega-lo no colo. Bebês sabem o que fazem!


E quando está no primeiro mês, você quer que ele cresça, pra enfim parar de chorar tanto...e quando chega o quinto mês, alívio. Agora tudo está melhorando e então você não quer mais que ele cresça.


Então você se dá conta de que um dia ele vai crescer de verdade e não há nada que possa reverter essa realidade. E pior: vai passar pela adolescência, vai arrumar uma paquera, vai te preocupar quando sair com os amigos, e vai sair de casa pra viver sua própria vida.


Vai, Beatriz, vai viver sua vida. Eu continuarei aqui, “padecendo no paraíso.”


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O meu exemplo de mãe



Compreender o sentido que a nossa mãe representa na vida não é muito difícil. Amá-la também não. Mas compreender o quanto nós representamos para ela e o quanto ela nos ama só é possível após um certo acontecimento: quando passamos a ser mãe também.


Foi dessa maneira que eu consegui entender como a minha mãe me coloca antes de tudo na vida dela e como Deus dá forças a ela quando o assunto é a minha segurança, o meu conforto, a minha vida. Lembro, por exemplo, de quando minha mãe recebeu a notícia da minha obstetra que teria que me levar às pressas para o hospital porque minha filha e eu corríamos risco e o parto teria que ser feito imediatamente.


Em nenhum instante percebi demonstração de medo por parte dela. Partimos para o hospital com a simples orientação de que a médica queria apenas me ver, me examinar, já que eu não estava me sentido muito bem já há alguns dias. E ela segurou a “barra” todo o tempo. E ficou sempre ao meu lado até tudo ficar bem novamente e até termos a nossa pequena Beatriz junto de nós e mais perto do seu colo e do seu cuidado único e insubstituível.


Então eu comecei a notar que sempre foi assim. A exemplo de quando passei por mal bocados com uma certa turma num transporte escolar que me levava de Itajuípe à Itabuna todos os dias. Não estava me sentindo bem com algumas atitudes de umas colegas e ela, cumprindo seu dever de mãe, foi de mãos dadas comigo até a presença das garotas e disse: “tudo bem com vocês? Eu sou a mãe da Mariela.” Foi o sinal para dizer que eu tinha alguém pra me defender.


Como não lembrar da super mãe que viveu grandes aventuras participando das gincanas da escola, costurando roupas inventadas à noite para ficarem prontas no outro dia cedo! Participando como “culinarista” do programa de TV criado por mim! A “tia Lu” era querida por minhas colegas, porque sempre estava em todas!


E quantas vezes ela teve que segurar o próprio choro para que eu pudesse chorar em seu ombro? Amiga, cúmplice, confidente. Como imaginar que não terei isso para sempre? É angustiante. A minha mãe me ensinou muito. E mais ainda quando passamos a morar só nós três: eu, ela e minha irmã. Só ela para entender e compreender todas as atitudes incertas que vivi. Todos os medos, decepções e descobertas de uma mulher. Sem julgamentos, críticas. Com a postura de mãe que sempre está disposta a ouvir e ajudar.


E então todo esse cuidado agora se estende a uma pessoinha que ocupa o meu lugar e tem todo o direito a isso: minha filha. Sim, agora é ela quem faz a minha mãe sorrir o sorriso mais verdadeiro. Pular e pular (literalmente!) só pra ver o sorriso de Beatriz. E com tudo isso ela prova mais uma vez que melhor do que ser mãe é ser avó. E eu digo que o melhor de tudo é ter uma mãe para ser a avó da minha filha!


sábado, 2 de outubro de 2010

O meu exemplo de pai


Pai é aquela figura que fica guardada pra sempre na memória de todo mundo. O herói, o amigo, companheiro, exemplo. Com o meu pai não é diferente. Todos esses predicados e muitos outros se encaixam perfeitamente nessa pessoa que me ensinou a ser o que sou hoje.


Desde pequena sempre fui muito mais ligada ao meu pai. Até me lembro de uma brincadeira (que anos depois considerei de muito mau gosto) em que quando me perguntavam: “se um dia papai e mamãe se separarem, com quem você vai ficar?” E eu, sem pensar duas vezes, respondia: “com meu pai”.


É claro que uma criança não tem a mínima idéia do que está dizendo numa situação dessas, mas eu tinha aquela certeza como uma das únicas em minha vida. Estar com o meu pai sempre foi sinônimo de alegria e satisfação para mim. Lembro-me das horas que passava ao lado dele ouvindo música e tendo que, pacientemente, escutar mais uma vez uma história que ele sempre contava...


O gosto refinado pela leitura e música despertou o mesmo em mim, e assim tornei-me uma leitora e apreciadora de músicas com conteúdo e totalmente avessa aos novos ritmos e letras que ele considerava “xaropada”. E concordar com ele era um grande orgulho. “Sou igual ao meu pai, penso como ele.”


Também sempre tive que ter paciência quando ele passava horas e horas tentando me explicar política. Mas eu ficava ali, firme, pois não podia perder aquele momento e frustrar aquele pai tão presente e preocupado com a filha. Sempre questionador e crítico em todos os aspectos, até quando ele parecia chato, eu o amava.


A relação ficou um pouco prejudicada após a saída dele de casa, com a separação de minha mãe. No início realmente foi difícil, e com certeza foi pra ele também. Mas nunca perdi de vista o caminho que ele me mostrou na vida e sempre fiz questão de mostrar que tudo que ele havia feito por mim, iria valer a pena e ele teria orgulho daquela menina, antes aprendiz, e que depois iria ensiná-lo novas formas de ver o mundo.


Dessa forma, entrei na faculdade, me formei, já saí trabalhando, e aonde ele chegava sempre ouvia elogios sobre a minha pessoa, a conduta, educação e o final da conversa sempre apontava pra “tenho certeza que o senhor é um dos responsáveis pelo que sua filha é hoje”. O sorriso tímido não escondia a satisfação de pai.


Hoje, após anos de tantos aprendizados e de tantos frutos colhidos, sou feliz pelo meu exemplo de pai. Antes, quando criança, só pensava em aprender mais e mais com ele. Agora, sinto um aperto no coração. Talvez porque eu tenha a consciência de que não terei isso pra sempre. O que sei é que sempre levarei comigo todas as conversas, todos os conselhos, todos os exemplos. Exemplos de um pai que cumpriu o seu papel e que agora, mesmo não muito perto, não muito presente, sabe que tem o seu lugar guardado. O meu conforto é saber que também tenho o meu lugar guardado naquele coração.