sábado, 16 de outubro de 2010

Agora sou mãe



Então compreendo tudo que todas as mães já disseram pra mim: “ser mãe realmente é padecer no paraíso”. Descobri que o que mais importa não é saber se seu filho vai ser menino ou menina, mas sim se será saudável e perfeito. Descobri além, que ser saudável e perfeito não é mais importante do que ser amado.


De repente os nove meses nunca passam, e, de repente, chega o nono mês, ou o oitavo, como no meu caso. Em que vivi momentos de angústia durante vinte e dois dias, mas que finalmente tudo passou, e tudo deu certo. Brinco que pari duas vezes: a primeira quando realmente dei a luz e a segunda, quando saí com minha filha nos braços após aqueles difíceis dias de hospital.


Aprendi que ter uma mãe quando se é mãe, é uma das coisas mais importantes da vida. Porque naquele momento ainda sem jeito, em que acalentar seu filho não adianta para fazê-lo parar de chorar, o “anjo avó” vai saber como acalmá-lo e acalma-la também.


Não existe coisa mais linda do mundo do que ver seu bebê dormindo. É uma cena divina, onde se percebe o quanto Deus foi generoso com você e o quanto aquele pequeno ser precisa de seus cuidados. O amor é o ingrediente pra isso. Apenas o amor, porque assim o cuidar se torna simples e fácil.


Tem dias em que se torna impossível dormir. Mamadas, troca de fraldas, choro sem razão. Quer dizer, sem razão pra você, mãe de primeira viagem. E então percebi que não adianta ter besteira: você acaba dando o chazinho ainda no primeiro mês, a fórmula infantil pra ajudar a sustentar o pequeno, pois, segundo os mais velhos, o seu leite não é capaz de sustentar.


E vêm as descobertas: o bebê gritou, sorriu, agora faz vários sons com a boca, e agora dá muitas gargalhadas, e já segura o bico sozinho, segue você com olhar e faz o biquinho mais lindo e especial do mundo quando quer te convencer a pega-lo no colo. Bebês sabem o que fazem!


E quando está no primeiro mês, você quer que ele cresça, pra enfim parar de chorar tanto...e quando chega o quinto mês, alívio. Agora tudo está melhorando e então você não quer mais que ele cresça.


Então você se dá conta de que um dia ele vai crescer de verdade e não há nada que possa reverter essa realidade. E pior: vai passar pela adolescência, vai arrumar uma paquera, vai te preocupar quando sair com os amigos, e vai sair de casa pra viver sua própria vida.


Vai, Beatriz, vai viver sua vida. Eu continuarei aqui, “padecendo no paraíso.”


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