quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os amores


Existe saudade melhor do que a dos grandes amores? Com certeza não. Saber viver e procurar amar de verdade é o que todos buscamos na vida. Para não ser diferente, eu também fui uma daquelas pessoas que amou muito, que sofreu e chorou, sorriu e vibrou diversas vezes em virtude de um grande amor.


Hoje as fotografias e cartas ainda guardadas na mente, além de todos os momentos que também ficaram guardados, são os fios condutores de uma viagem às lembranças das vivências que me fizeram ser a pessoa que sou hoje. O primeiro amor, o primeiro beijo, a primeira briga, a ilusão.


Não tive muitos amores, mas vivi profundamente os poucos que tive. E quanta coisa não já escrevi por amor, não já falei e fiz por esse sentimento que, quando adolescente, tem ainda mais poder sobre as pessoas...


É uma nostalgia boa, uma sensação de que tenho o que contar. E isso é o mais importante: ter o que contar. Por exemplo, o namoro infantil, sereno, que me fez amadurecer; ou o amor sério e verdadeiro que me ajudou em momentos difíceis; a troca de cartas; as surpresas que não se cansavam de chegar...


Depois dos amores, ficam as saudades. E com as saudades ficam as lembranças. E para ilustrar essa última, deixo aqui um poema que marcou bastante um dos meus amores. Não se pode esquecer alguém que nos ensinou tanto na vida.


"É quando a garganta seca,


É quando as mãos agitam,


É quando o corpo respira,


Que os meus pensamentos se perdem


Querendo dizer...



É quando o sangue ferve,


É quando as veias pulsam,


É quando a alma treme,


Que os meus pensamentos se perdem


Querendo entender...



É quando a boca se cala,


É quando os olhos falam,


É quando o coração vê,


Que os meus pensamentos se perdem


Querendo viver...



É quando o sol se esconde,


É quando a noite chega,


É quando as estrelas surgem,


Que os meus pensamentos,


Enfim,


Se encontram suspirando por você."

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